Durante o julgamento antitruste em andamento, a Microsoft trouxe à tona uma acusação chocante: suas tentativas de vender o mecanismo de busca Bing para a Apple foram supostamente bloqueadas pelo Google.
O CEO de Publicidade e Serviços Web da Microsoft, Mikhail Parakhin, revelou que ofereceu à Apple uma oferta financeira superior a 100% da receita ou lucro bruto para tornar o Bing o mecanismo de busca padrão do iPhone.
No entanto, a proposta foi rejeitada devido ao acordo existente entre a Apple e o Google.
Parakhin afirmou que a Microsoft estava disposta a pagar à Apple um valor maior do que o oferecido pelo Google, que supostamente estava oferecendo cerca de 60% da quantia proposta pela Microsoft.
Embora o valor exato da oferta não tenha sido divulgado, especula-se que a Microsoft teria incorrido em uma perda significativa, na casa de bilhões de dólares, caso o negócio tivesse sido concretizado.
A empresa considerava essa perda como um investimento justificado, dada a importância de ter o Bing como mecanismo de busca padrão.
Essa recusa da Apple em favor da oferta financeira mais alta da Microsoft levanta questionamentos sobre a natureza do acordo entre a Apple e o Google.
Pode sugerir que a preferência pelo Google não está baseada apenas em questões financeiras, mas também na qualidade superior do produto oferecido.
No entanto, essa situação ressalta a importância do status de mecanismo de busca padrão, uma vez que a Microsoft estava disposta a assumir um prejuízo considerável para obter essa posição desejada.
Além disso, a Microsoft revelou que também tentou convencer a Samsung a adotar o Bing como mecanismo de busca padrão em seus produtos.
No entanto, a gigante de tecnologia rejeitou essas conversas logo no início, afirmando que as negociações não valeriam a pena devido ao seu contrato com o Google.
Essas revelações adicionam mais complexidade ao caso antitruste em questão e levantam questões sobre a influência e o poder das grandes empresas de tecnologia no mercado.