O Google Brasil está promovendo uma ação patrocinada no Twitter, dentro de perfis de influenciadores, que estimula os usuários a contar sobre suas últimas pesquisas na web usando a hashtag #DaSeusGoogle.
“Qual foi a maior curiosidade que descobriram nessa quarentena? #DaSeusGoogle e me conta! #publi”, diz um dos influenciadores pagos na ação do buscador.
Apesar do estímulo a quebra de privacidade que a mensagem sugere, o viés deste artigo está na questão da contratação do publi – algo que atinge diretamente as diretrizes de Mountain View.
Em 2012, após inadvertidamente contratar blogueiros para impulsionar a produção de artigos sobre o Google Chrome, um porta-voz da empresa explicou que a empresa não tinha aprovado a ação:
“O Google nunca concordou com nada além do que os anúncios online. Temos consistentemente evitado patrocínios pagos (…) para promover os nossos produtos, porque promoções deste tipo não são transparentes ou dentro do interesse dos usuários”, disse ao Search Engine Land.
“Vamos olhar as mudanças que precisamos fazer para garantir que isso nunca aconteça novamente”, completou.
Na época, o Google afirmou ter um “padrão mais elevado” e que publi era uma “violação direta de suas diretrizes”.
Apesar das declarações do porta-voz, o Google Brasil já contrariou as regras em diversos momentos nos últimos anos.
Em 2016, a filial brasileira contratou YouTubers para divulgar seu serviço de videoconferência, o Google Duo, sem deixar claro que era uma publicidade.