De acordo com o Aos Fatos, sete veículos digitais tem utilizado a rede de anúncios do Google para financiar a produção de artigos com desinformação sobre a pandemia.
“Sete veículos acumularam juntos ao menos 44,9 milhões de acessos em abril de 2020 publicando conteúdo falso ou enganoso sobre Covid-19 e a crise política no país”, dizem os pesquisadores.
“Todos eles recorrem a uma estratégia em comum: usar a plataforma de monetização Google AdSense para converter em dinheiro os cliques em seus sites”.
O estudo, conduzido pelo checador entre os meses de abril e maio, encontrou ao menos “50 links que levavam a conteúdo com desinformação relacionada sobretudo à pandemia”.
Entre as informações falsas estão supostas diretrizes da saúde da Organização Mundial da Saúde e a eficácia de medicamentos não comprovados.
De acordo com o Aos Fatos, os site que produzem fake news são: Jornal da Cidade Online, Notícia Brasil Online, Senso Incomum, Gazeta Brasil, Agora Paraná, Conexão Política e Jornal 21 Brasil.
Termos de serviço do Google AdSense
Os termos de serviço do Google proíbem a veiculação dos anúncios em plataformas que:
- “Incentive os usuários a interagir com o conteúdo sob pretextos falsos ou imprecisos”,
- “veicule promoção ou incitação a práticas médicas prejudiciais à saúde”,
- “faça afirmações comprovadamente falsas e que possa prejudicar de forma significativa a participação ou a confiança no processo eleitoral ou democrático”,
- “engane os usuários por meio de mídias manipuladas relacionadas a política, questões sociais ou assuntos de interesse público”.
Apesar dos sites mencionados acima apresentarem conteúdos que infringem praticamente todas as regras, os anúncios do Google continuam a serem exibidos normalmente.
Resposta do Google
Um porta-voz do Google comentou o assunto ao Aos Fatos:
“Temos políticas contra conteúdo enganoso em nossas plataformas e trabalhamos para destacar conteúdo de fontes confiáveis. Agimos rapidamente quando identificamos ou recebemos denúncia de que um site ou vídeo viola nossas políticas”.
“Entendemos que os anunciantes podem não desejar seus anúncios atrelados a determinados conteúdos, mesmo quando eles não violam nossas políticas, e nossas plataformas oferecem controles robustos que permitem o bloqueio de categorias de assuntos e sites específicos, além de gerarem relatórios em tempo real sobre onde os anúncios foram exibidos”.
2 Comentários
Olá!
Uma única pergunta: Que checa os sites checadores de notícias?
Já foi comprovado que os sites de checagem tem atuações de militância partidária, através de seus membros.
As agências de checagem NÃO são independentes, sempre estão atreladas a um veículo de comunicação gigante, como Uol, Folha, Estadão e por aí vai.
Pergunto novamente: Quem checa as agências de checagem?
Trabalhar com checagem de fatos exige seriedade e compromisso dos autores com a verdade, como amostra de fontes e outros detalhes. É difícil para uma checadora errar pois eles trabalham com base em informações e, se for o caso, eles buscam com os autores, entidades e organizações. O trabalho tem o extenso escrutínio do público. Quem checa as agências? O público.