Google Arts & Culture convida a compartilhar histórias dos anos de proibição do futebol feminino

A partir de hoje até o dia 23/06, qualquer pessoa pode compartilhar pelo site do Museu do Impedimento, criado pelo Museu do Futebol e o Google Arts & Culture, documentos, vídeos, áudios e fotos sobre o futebol feminino no período.

A curadoria do conteúdo ficará a cargo da equipe de especialistas do Museu do Futebol. O site será lançado em branco e gradualmente receberá o conteúdo enviado pelos usuários.  Ao final do projeto, esse material ganhará forma também em uma exposição virtual na plataforma Google Arts & Culture.

O Museu do Impedimento terá alguns depoimentos compartilhados por mulheres que foram pioneiras do esporte, como Léa Campos, a primeira árbitra do mundo e presa por 15 vezes durante os anos de proibição, e Mariléia “Michael Jackson” dos Santos, artilheira do futebol brasileiro.

“Queremos dar visibilidade à importância de recuperar a história do futebol feminino no Brasil e garantir que um público mais amplo tenha a oportunidade única de conhecer as histórias dessas mulheres pioneiras que continuaram jogando bola mesmo nos anos de proibição e abriram as portas para as novas gerações”, afirma Lauren Pachaly, diretora de marketing do Google Brasil.

“O Museu do Futebol acolheu com muito entusiasmo essa iniciativa pioneira do Google de fomentar uma plataforma digital e colaborativa para descobrir novos acervos sobre esse período da história pouquíssimo conhecido. É uma iniciativa que faz com que o futebol se torne ainda mais importante para a história brasileira”, afirma Daniela Alfonsi, diretora de conteúdo do Museu do Futebol.

Iniciativa já conta com depoimentos de pioneiras do esporte, entre elas Léa Campos, a primeira árbitra do mundo, e a artilheira Mariléia “Michael Jackson” dos Santos. Basta fazer o upload do material direto no site museudodoimpedimento.com.

História

Entre 1941 a 1979, as mulheres foram proibidas de jogar futebol no Brasil.

O mesmo aconteceu em outros países, como França e Alemanha. Mesmo impedidas por leis fora dos gramados, muitas mulheres seguiram jogando. Mas as histórias dessas pioneiras no esporte nunca foram contadas ou documentadas por órgãos oficiais.

“Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país”, dizia o decreto-lei 3.199, art. 54, de 14 de abril de 1941, aplicado no Brasil.

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