Google Arts & Culture incorpora passeios virtuais pela cultura afro-brasileira

Google Arts & Culture anunciou a disponibilidade do material disponível do Museu Afro Brasil (MAB), localizado no Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, no parque de São Paulo, o Ibirapuera.

O espaço, de 11 mil m², conta com um acervo com mais de 6 mil obras produzidas entre o século XVIII e os dias de hoje. Sua chegada ao Google Arts & Culture celebra o dia da Consciência Negra (20) e permite mergulhar no acervo sobre cultura afro-brasileira.

O Maracatu e o Guerreiro de Alagoas: festividades afro-brasileiras

As exposições traçam um panorama histórico do Maracatu, criação negra pernambucana e uma das mais coloridas festividades carnavalescas do país, e do Auto dos Guerreiros, uma representação teatral popular ao ar livre oriunda do Estado de Alagoas.

Além de conhecer mais o contexto histórico, os amantes de história e moda podem conhecer mais sobre a influência negra nesse segmento por meio do projeto We Wear Culture, que mostra as histórias por trás do que vestimos.

O trabalho reúne mais de 450 itens digitalizados das mostras do Maracatu, das Irmãs da Boa Morte e dos Panos e Tapas.

O Google Arts & Culture ainda permite que o público confira exposições que não estão mais disponíveis no MAB. Confira:

Espíritos da África – os Reis Africanos

A exposição “Espírito da África – os Reis Africanos”, do fotógrafo austríaco Alfred Weidinger, traz retratos de reis e chefes contemporâneos de diversas partes do continente africano. As fotografias foram capturadas nos anos de 2012 e 2013.

Arte, Adorno, Design e Tecnologia no Tempo da Escravidão

A exposição, mostra o grande repertório de tecnologia trazido pelos povos africanos desde os primórdios da colonização brasileira. Africanos escravizados e seus descendentes foram os principais responsáveis pela realização de trabalhos que estão na base da sociedade brasileira tal como ela é hoje. Prensas, joias e moinhos fazem parte do acervo da mostra.

Música, cultura e resistência

Filha de militar de alta patente e de uma mulher escravizada alforriada, Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro, em 17 de outubro de 1847. Desde muito cedo, a vocação para a música se manifestou, e, aos 11 anos, Chiquinha Gonzaga escreveu a primeira peça para uma festa de Natal. Sua paixão pela música e o seu protagonismo na história nacional estão na exposição Abram alas para Chiquinha Gonzaga: nasce uma pioneira.

Além da luta pelo sonho na música, a mostra traz a visão da “Maestrina Abolicionista”. A determinação e a coragem de Chiquinha a fizeram participar das grandes lutas sociais do seu tempo, das quais a principal era em prol da abolição da escravatura. A artista chegou a vender partituras de porta em porta para angariar fundos para a causa.

Na rua e para a rua: o nascimento do Frevo

Essa exposição do Paço do Frevo, em Recife, mostra mais sobre o ritmo e, em uma de suas seções, a influência da cultura negra na sua origem. Os capoeiras, negros escravizados, eram figuras obrigatórias à frente do conjunto das bandas – responsáveis pela origem do frevo como música -, gingando e piruetando.

Eram conhecidos por seus passos complicados e assobios agudos. Da capoeira, o frevo herdou a dança acrobática, transformada ao longo dos anos em diferentes tipos de passos.

Além dessas exposições, o Google Arts & Culture torna milhões de artefatos e obras, compartilhados por mais de 1500 museus, arquivos e instituições culturais parceiras, disponíveis para o mundo explorar inteiramente online e de graça.

O objetivo é a democratização da cultura, permitindo o acesso da população a todos os tipos de exposições, sejam elas nacionais ou internacionais.

Comente!

You May Also Like