Durante o último sábado, enquanto rolava o jogo entre França e Argentina, na Copa do Mundo, o YouTuber Júlio Cocielo, do Canal Canalha, fez um comentário considerado racista em seu perfil Twitter.
Embora a publicação tenha sido deletada pelo autor, seus seguidores então passaram a resgatar outros tweets antigos nos quais ele promovia mais comentários de cunho discriminatório.
Conhecido por ser frequentemente escolhido para participar de ações de publicidade, o problema imediatamente respingou em marcas e empresas que envolviam o YouTuber.
Clientes também cercaram as companhias em busca de pronunciamentos oficiais ao mencioná-las em suas publicações no Twitter. O Submarino foi a primeira a comunicar a saída do YouTuber de suas campanhas.
As assessorias do Google e Twitter foram procuradas pelo blog, mas não retornaram qualquer contato.
No caso do Twitter, os posts inadequados infringiram os termos de serviço (ToS) – o perfil do YouTuber, no entanto, permanece no ar.
Itaú
“O Youtuber citado não faz mais parte de qualquer peça de comunicação de nossa campanha. Reforçamos que o Itaú repudia toda e qualquer forma de discriminação e preconceito. Esperamos que o respeito à diversidade sempre prevaleça”.
Submarino
“Submarino repudia veemente qualquer manifestação racista. A marca esclarece que contratou uma agência de publicidade para realização de campanha pontual com influenciadores, dentre eles o Cocielo, e a campanha já foi retirada do ar.”
Coca-Cola
“O respeito à diversidade é um dos principais valores da nossa companhia. Em nossas campanhas, celebramos as diferenças e promovemos a união. Manifestações preconceituosas não são toleradas. Repudiamos qualquer forma de racismo, machismo, misogenia ou homofobia. Atualmente, não temos qualquer ligação com Julio Cocielo e também não temos planos para futuras parcerias.”
Visit Brasil
“Nossa atuação é pautada em respeito a todas as pessoas. Não compactuamos com racismo ou manifestações preconceituosas e qualquer ação do tipo será coibida”.
Bob’s Brasil
“Bob’s repudia todo e qualquer ato de racismo ou preconceito.
Informamos que qualquer empresa ou pessoa que atue em desacordo com esses valores não fará parte de ações futuras da marca”.
Gillette
Em contato com o Estadão, a marca afirmou ter feito ações com Cocielo no início da Copa do Mundo, disse que, “como ele não tem nenhum contrato vigente com a marca”, não vai se manifestar em relação ao episódio.
Adidas
A Adidas afirmou repudiar “todo e qualquer tipo de discriminação” e “decidiu suspender a parceria com o youtuber Júlio Cocielo.
McDonalds
McDonald’s, que também já realizou ações com o youtuber, disse apenas que “não tem nenhuma relação comercial com ele”. Fonte: Veja