O Google anunciou hoje que o Gmail não irá mais escanear os e-mails dos usuários com o objetivo de mostrar anúncios personalizados.
“(..) o conteúdo do Gmail não será usado ou escaneado para qualquer personalização de anúncios. A decisão faz com que os anúncios exibidos no Gmail estejam alinhados com a maneira como personalizamos a publicidade de outros produtos nossos, ou seja, com base nas configurações definidas pelos usuários”, publicou o Google.
A decisão é histórica. Lançado em 2004, o Gmail trouxe inovações como seu espaço de armazenamento de 1 GB de espaço e a promessa de anúncios relevantes com base no conteúdo das mensagens recebidas.
“Não há pop-ups ou anúncios de banner não segmentados no Gmail. Como as páginas de resultados de pesquisa do Google, o Gmail inclui anúncios de texto relevantes no lado direito da página”, dizia o serviço na época.
“A correspondência de anúncios com conteúdo é um processo completamente automatizado realizado por computadores. Nenhum humano lê seu e-mail para segmentar os anúncios e nenhum conteúdo de e-mail ou outra informação de identificação pessoal será fornecida aos anunciantes”.
Entretanto, apesar dos termos de serviço do Gmail permitir ao Google “ler os e-mails dos usuários”, organizações mundiais acusavam a empresa de quebrar o sigilo das mensagens.
No final de 2016, o Ministério Público Federal no Piauí entrou com uma ação contra o Google para que a “empresa pare imediatamente de fazer o monitoramento e análise dos e-mails dos usuários do Gmail”.
Os autores da ação exigiam que o Google suspendesse a análise do conteúdo dos e-mails, sob pena de multa diária no valor de R$ 100.000,00.