Na tentativa de conseguir ajudar os usuários que buscavam por informações relacionadas aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, o Google precisou alterar sua página inicial para incluir links diretos aos principais sites de notícias.
De acordo com o buscador, as pesquisas naquele dia apresentaram um volume de consultas atípico: eram 60 vezes maior do que o número de pesquisas relacionados com notícias realizados no dia anterior.
“Mais de 80 por cento das 500 maiores consultas realizadas (…) foram relacionados aos ataques terroristas”, divulgou a empresa em um relatório sobre o 11 de setembro.
Para se ter uma ideia desse impacto nas operações do Google, no período das 6h26 às 7h06, o número de pesquisas com o termo “CNN” alcançou a marca de 6.000 consultas por minuto – tirando completamente o site do canal de notícias do ar.
Com a internet entrando em colapso, o Google montou um pequeno projeto de notícias ao incluir links para os principais sites de notícias em sua página inicial. Era, então, a primeira vez que a empresa dispensava seu mecanismo de pesquisa como fonte de informações.
Seis horas após os primeiros ataques, o Google incluiu um aviso nos resultados de pesquisa para direcionava os usuários para uma página especial chamada “Current Events” que compilava vários serviços de notícias e cache de artigos.
As 10 pesquisas mais populares
durante os ataques terroristas:
1. cnn
2. world trade center
3. bbc
4. pentagon
5. msnbc
6. osama bin laden
7. nostradamus
8. american airlines
9. fbi
10. barbara olson
Os efeitos após os ataques de 11 de setembro
Krishna Bharat, principal cientista do Google naquele momento, percebeu que poderia criar uma ferramenta que reuniria histórias relacionadas, para que os usuários pudessem encontrar diferentes perspectivas sobre a mesma assunto.
“Não muito tempo depois dos acontecimentos trágicos de 11 de setembro de 2001, começamos a construção e teste do Google News com o objetivo de ajudar a encontrar os eventos atuais de uma ampla variedade de perspectivas globais e políticas”, disse um porta-voz em 2008.
“Em 22 de setembro de 2002, o Google News foi estendido a todos os leitores de língua inglesa, com um guia notícias dedicado no Google.com. Ao longo dos anos nós fizemos milhares de mudanças para entregar mais notícias para mais usuários com rapidez e personalização”.
Atualmente o Google News conta com mais de 50.000 fontes de notícias de todo o mundo e as manchetes são inteiramente definidas por algoritmos computacionais, baseados em fatores como frequência e fonte das histórias para identificar sua relevância para o público.