Review: Moto X revela o futuro da Motorola

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Após duas semanas de testes e uso diário, estou finalmente pronto para falar sobre o Moto X, o novíssimo dispositivo da Motorola que foi construído pela administração do Google após a compra da fabricante em 2011.

Diferente do design da linha Razr, o Moto X tem um visual mais jovem e que agrada os olhos. Na verdade, ele lembra muito os dispositivos da linha Nexus ao trazer um vidro inteiriço em sua parte frontal e botões virtuais.

É um aparelho leve e com boa pegada. A traseira curvada e levemente emborrachada funciona bem e permite que o Moto X, mesmo com sua tela de 4,7 polegadas, possa ser operado facilmente com apenas uma mão.

Ainda no quesito externo, a única sensação de “querer mais” está conectado ao Moto Maker – não disponível no Brasil – que permitiria a criação de um aparelho de visual único, em vez das tradicionais cores preta e branca.

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Com relação a performance, o Moto X mostrou ter um bom processador para suportar a grande maioria dos aplicativos e jogos atuais. Ele executou bem todos os jogos que instalei: Carmageddon, AVP Evolution, Earn to Die, NBA JAM, Mini Motor, Real Boxe e Sonic 4 Episode 1.

Na questão do sistema operacional, o Moto X está um pouco desatualizado ao oferecer o Android 4.2 (sem previsão para o 4.3) mas seu visual quase puro e os recursos adicionais da Motorola parecem balancear, com sucesso, os pontos altos e baixos deste dispositivo.

Devo dizer que gostei muito do sistema de notificações inteligentes do Moto X. Além de gastar pouca bateria pois ilumina uma área limitada de pixels – ele permite visualizar algumas informações (há a possibilidade de escolher quais apps podem aparecer nas notificações) sem a necessidade do desbloqueio do aparelho.

Outro ponto interessante do Moto X é a capacidade do aparelho em saber que você o tirou do bolso (ou desvirou de uma mesa) na qual ele reconhece a ação e exibe o horário automaticamente. Diferente de outros aparelhos, o botão de liga/desliga do Moto X quase nunca é utilizado.

Quanto a câmera, o Moto X tem câmera instantânea que permite ativá-la ao agitar o telefone. Apesar de descrevê-la deste modo, o truque exige alguns minutos de aprendizado pois a ativação somente ocorre ao girar a mão e não com um balanço literal.

A possibilidade de tirar fotos, sem precisar clicar em um determinado botão na tela, facilita muito o registro de momentos importantes. Vale destacar que isso é apenas uma configuração extra, sendo possível retornar ao modo de foco manual, como ocorre em outros aparelhos (essa era a dúvida de muitos leitores).

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E finalmente vamos entrar na principal característica do Moto X: o comando por voz em português que funciona de forma constante e não necessita que desbloqueio ou qualquer toque na tela. Após treinar sua voz, o Moto X surpreende ao compreender o comando “Ok Google Now”, mesmo quando o termo é inserido no meio de uma frase.

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Apesar de entender bem, os comandos em português são limitados a poucas funções como previsão de tempo, navegar [rotas em mapas], ligar [para alguém dos contatos] e correio de voz. Ainda não é possível solicitar uma música do Google Music ou alterar o relógio para despertar mais tarde, como exibido pela Motorola em anúncios para o público americano.

Por ser usuário da linha Nexus há alguns anos, poucos são os aparelhos que realmente me agradam. No entanto, o Moto X é capaz de oferecer a mesma experiência pura do Android, enquanto incorpora novos recursos úteis. Sinto que, pela primeira vez, meu Nexus não garantiu meu favoritismo e isso é um ganho importante para a Motorola.

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