E se a ITA Software fizesse buscas multimodais?

Como já disse a Marissa Mayer, todos gostamos de viajar. Para isso, precisamos buscar hotéis, passagens etc.

Para fazer buscas de passagens aéreas, a Google está tentando comprar a ITA Software e seu excelente sistema QPX, mas, como vocês já sabem, está enfrentando grandes problemas com os concorrentes, que a acusam junto ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos de tentativa de formação de cartel. A Google, por sua vez, promete não vender passagens e manter o fornecimento de informações para agências de viagens, que hoje possuem contratos com a ITA.

Mesmo assim, os concorrentes e vários  defensores  dos concorrentes e do consumidor ainda querem outras garantias, tais como a possibilidade das agências de viagens colocarem de um “firewall” entre elas e o QPX e também que a Google se comprometa a fornecer aos concorrentes todas as melhorias posteriores do produto.

A Google não está aceitando estas propostas, mas poderá ser obrigada a isto pelas autoridades regulatórias americanas, sob pena de não conseguir fechar o negócio, que, diga-se, deverá ter um desfecho nos próximos dois meses, ou até antes.

Acompanhando todo este imbróglio, fiquei pensando: todos nós gostamos de viajar, mas não apenas de avião, mas algumas vezes de avião, outras vezes de carro próprio, outras de carro alugado, por vezes de ônibus, ainda de trem convencional, até mesmo de tem-bala ou navio.

A Google já disse que deseja fazer uma forma de pesquisa de viagens totalmente nova. Será que ela se recusa a fazer um acordo destinado a fornecer melhorias do ITA Software aos concorrentes porque deseja fazer este tipo de comparação?

Certamente não é porque deseja apenas colocar na Internet apenas os serviços gráficos de comparação de vôos do ITA/QPX, porque isto o ITA já fornece ao Hipmunk e isto não seria novidade alguma, até porque, por força contratual e regulatória, a Google não precisaria de comprar o ITA para obter.

Lembro-me agora que a Google já tem pesquisa de despesas de viagens por carro particular nos Estados Unidos e Reino Unido. Seria difícil, mas não seria impossível agregar todos os outros tipos de pesquisas junto com os de vôos, para que o consumidor decidisse qual lhe seria mais conveniente, além, é claro, de se tornar uma fonte muito maior de publicidade para a Google.

Vou mais longe: no futuro, este software poderia agregar também serviços de entregas de encomendas expressas e de cargas comuns, que fazem parte do conjunto do negócio das empresas de transporte. Em outras palavras, no mesmo modal em que são transportadas pessoas, também se transportam encomendas e cargas.

Para nós usuários seria ótimo!

De qualquer forma, por enquanto, isto não passa de uma conjectura. Até porque tudo dependerá ainda do resultado final da batalha para a compra da ITA Software.

Eu, como consumidor, estou torcendo para poder comparar todos estes preços de modais.

2 comments
  1. Só quero fazer uma perguntinha,porque "a google"?porque não "o google".Porque é uma empresa, a empresa google?

    Então me explica porque "o facebook",não é "a facebook",ou " a microsoft" não é "o microsoft".

    Que eu saiba google em inglês é da terceira pessoa,aquela dos "it",como no português, não existe a terceira pessoa "neutra",deveria ser traduzida como masculino.

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