Em entrevista ao jornal New York Times, Sergey Brin, co-fundador do Google, revelou detalhes do processo que levou a decisão de redirecionar o mecanismo de pesquisa chinês para região administrativa de Hong Kong.
A escolha, que ocorreu sem aprovação por parte de Pequim, foi classificada como a única saída para tirar a empresa da censura e manter um escritório local. Em janeiro, frente a um ataque de hackers em sua infraestrutura, o Google anunciou que deixaria de filtrar os resultados de pesquisas.
“Há uma sensação de que Hong Kong foi o passo certo. No entanto, a história ainda não acabou”, disse Brin. “Havia muita falta de clareza. Nossa esperança é que o recém-iniciado serviço de Hong Kong continue disponível na China continental”.
Questionado sobre um possível envolvimento do governo americano nas políticas da empresa, Brin negou qualquer possibilidade: “Tudo foi coordenado pelo Google. A nossa oposição é contra qualquer tipo de totalitarismo” disse.
“Nossa esperança está no progresso de uma internet mais aberta na China. Nós acreditamos que no futuro eles tomarão iniciativas favoráveis a todos” completou.