Durante muitos anos, desde o surgimento da Internet, estimemos presos aos nossos computadores pessoais e, mais recentemente, aos nossos notebooks, para acesso à grande rede. Em alguns países, já é possível o acesso também por TV digital. Vejam vocês que o acesso parece sempre restrito a dispositivos eletrônicos grandes, mesmo que, por vezes, não necessáriamente, ligados a uma rede digital cabeada.
O progresso tecnológico dos últimos anos permitiu o aumento substancial da capacidade de processamento dos PDA’s, permitindo a fusão do computador ao telefone celular, a consequente popularização dos chamados smartphones e das redes celulares 3G e Wimax. Este progresso tecnológico desamarrou o consumidor de sua mesa de trabalho, permitindo que ele tivesse acesso a todos os dados da grande rede a qualquer tempo, em qualquer lugar (como antes já tinha) e em uma rede muito mais livre, barata e rápida.
Chegamos à era da Web For Mobile, a nova fronteira da Internet, que será atingida e dominada pelos grandes provedores de serviços, que melhor entenderem o seu espírito.
Mas qual é o seu espírito?
Trata-se de uma pergunta difícil de ser respondida, considerando-se que a Internet é um universo sem dono e que tais regras serão ainda ditadas no transcurso de uma história, que apenas começa a ser escrita e que terá movimentos escritos por muitos anos.
Vendo com olhos de hoje, podemos dizer que a web móvel será escrita por quem estiver preparado para atender aos seguintes requisitos:
- redes 3G, 4G e superiores, ou seja, até para transmissão em altas velocidades, inclusive de vídeo digital e de videoconferência;
- buscas Web;
- buscas locais em mapas para dispositivos móveis;
- redes sociais para celular (talvez seja esta a grande oportunidade da Dodgeball – será que os criadores desta rede social não foram precipitados em saírem atirando? Penso que sim.);
- redes sociais convencionais;
- aplicativos de produtividade firmados na Web, mas formatados para dispositivos móveis (a Google já está para lançar o seu Google Docs For Mobile);
- comércio eletrônico móvel (a Google já lançou o Google Checkout For Mobile e também já registrou a patente do GPay);
- mashups; etc.
Além disso, o fornecimento de um smatphone, cujo preço do aparelho ou do serviço seja subsidiado por publicidade pode ser parte importante da estratégia de desbravamento desta nova fronteira da Internet.
Os três grandes buscadores da grande rede (Google, Yahoo e Microsoft) estão seguindo o mesmo caminho. A Google, entretanto, entendeu primeiro este movimento e está na frente, inclusive com quase tudo pronto para o lançamento do gPhone e até se preparando para o lançamento de suas empresas de telefonia nos Estados Unidos e no Reino Unido. Mas a guerra pretende esquentar, porque tanto a Yahoo! quanto a Microsoft também deverão lançar seus dispositivos móveis e as empresas de telefonia tradicionais terão que se movimentar e, no final, quem deverá sair ganhando será o consumidor final.