Muitos já disseram que o futuro das máquinas de busca caminha para o uso de Inteligência Artificial. Recentemente tem estado na mídia o uso de processamento de linguagem natural (já comentado aqui), na qual o usuário digita uma consulta na Web como se estivesse fazendo uma pergunta para uma pessoa, a máquina de busca “entende” a consulta e mostra os resultados relevantes para aquela consulta.
Apesar de intuitivamente acharmos que essa maneira é mais interessante para fazer buscas o chefe de pesquisas do Google, Peter Norvig, não prevê esse caminho para sua máquina de buscas:
Nós não achamos que é um grande avanço ser possível escrever algo como uma pergunta e não com palavras-chave. Escrever “Qual a capital da França?” não vai lhe dar melhores resultados que escrever “capital da França“.
Além disso, o pessoal de Mountain View sabe que a maioria das consultas (cerca de 50%) envolvem uma ou duas palavras. Logo, é difícil imaginar os usuários tendo que digitar muitas palavras para montar uma pergunta.
Apesar das críticas Norvig também comenta os possíveis benefícios do uso da tecnologia:
Nós achamos que o importante na Linguagem Natural é o mapeamento das palavras em conceitos que os usuários procuram… Para dar alguns exemplos, “New York” é diferente de “York”, mas “Vegas” é o mesmo que “Las Vegas”… Este é um aspecto da Linguagem Natural no qual nos focamos… Nós achamos que é importante dar os resultados corretos ao invés de mudar a interface.
Isso significa que não vamos fazer perguntas para a caixinha de buscas do Google tão cedo. Mesmo assim é provável que, nos próximos anos, Google e seus concorrentes tentem usar técnicas para entender o conceito por trás das palavras nas consultas, desta forma podendo dar respostas mais precisas. Infelizmente, é possível que a gente mal perceba essas mudanças. Vamos ficar atentos!
Fonte: Technology Review, TechCrunch
1 comentário
Very Good,…